Há quatro anos desempregado, o
ambulante Edson Pimentel Garção, 51 anos, encontrou nas ruas de Ceilândia a
forma de sustento. Uma semana atrás, porém, ele ficou sem seu instrumento de
trabalho: a bicicleta dele foi danificada ao ser atingida por uma van da
Agência de Fiscalização (Agefis). O homem ainda se feriu e perdeu a mercadoria.
A situação causou revolta na região. As informações são do jornal de Brasília.
ambulante Edson Pimentel Garção, 51 anos, encontrou nas ruas de Ceilândia a
forma de sustento. Uma semana atrás, porém, ele ficou sem seu instrumento de
trabalho: a bicicleta dele foi danificada ao ser atingida por uma van da
Agência de Fiscalização (Agefis). O homem ainda se feriu e perdeu a mercadoria.
A situação causou revolta na região. As informações são do jornal de Brasília.
Segundo o ambulante, o caso aconteceu por volta das 8h de quinta-feira
passada. “Todo dia pego minha bicicletinha e vou para o centro de Ceilândia
vender. Naquele dia, eu estava voltando mais cedo para casa, porque uns colegas
tinham me avisado que a Agefis estava tirando todo mundo de lá”, lembra.
passada. “Todo dia pego minha bicicletinha e vou para o centro de Ceilândia
vender. Naquele dia, eu estava voltando mais cedo para casa, porque uns colegas
tinham me avisado que a Agefis estava tirando todo mundo de lá”, lembra.
Ele relata que, ao chegar próximo à QNM 17, foi surpreendido pelo veículo
da agência. “Eu não os vi, vieram por trás. Me jogaram no chão e pegaram todas
minhas coisas. Saíram sem anotar meu nome e nem perguntaram se eu estava bem”,
denuncia. Garção relata que tinha aproximadamente R$ 250 em moedas, 36 garrafas
de água, 15 latas de refrigerante, dez pacotes de salgadinho, cinco carteiras
de cigarro e uma caixa de isopor. “Perdi tudo”, lamenta.
da agência. “Eu não os vi, vieram por trás. Me jogaram no chão e pegaram todas
minhas coisas. Saíram sem anotar meu nome e nem perguntaram se eu estava bem”,
denuncia. Garção relata que tinha aproximadamente R$ 250 em moedas, 36 garrafas
de água, 15 latas de refrigerante, dez pacotes de salgadinho, cinco carteiras
de cigarro e uma caixa de isopor. “Perdi tudo”, lamenta.
Ele assegura que tem todas as notas fiscais dos produtos – o que dá
direito à devolução dos bens -, embora a venda nas ruas sem autorização seja
considerada ilegal. “Eu tenho família para sustentar e estou aqui parado. Não
tenho estudo, não tenho mais minhas mercadorias”, queixa-se. No entanto, o
alívio é de que algo pior não aconteceu. “E se um carro viesse atrás e passasse
por cima de mim?”, indaga.
direito à devolução dos bens -, embora a venda nas ruas sem autorização seja
considerada ilegal. “Eu tenho família para sustentar e estou aqui parado. Não
tenho estudo, não tenho mais minhas mercadorias”, queixa-se. No entanto, o
alívio é de que algo pior não aconteceu. “E se um carro viesse atrás e passasse
por cima de mim?”, indaga.
O ambulante registrou boletim de ocorrência, mas até agora não recebeu
nenhuma informação. “Me disseram que está tudo de recesso, então nada foi
resolvido até agora”, completa.
nenhuma informação. “Me disseram que está tudo de recesso, então nada foi
resolvido até agora”, completa.
Ele se queixa ainda das dores da queda. “Já tive que ir ao hospital duas
vezes, uma no Hospital de Ceilândia e depois no Hospital de Base. Tomei remédio
na veia, porque sinto muita dor na perna e na cabeça”, aponta.
vezes, uma no Hospital de Ceilândia e depois no Hospital de Base. Tomei remédio
na veia, porque sinto muita dor na perna e na cabeça”, aponta.
Forma de sustento
O homem trabalhava como gari, até que foi mandado embora. Sem estudo, não
consegue um emprego formal. “Tive que vender coisa na rua, porque era a única
forma de arrumar dinheiro. Melhor do que fazer coisa errada. É um dinheiro
honesto”, pondera.
consegue um emprego formal. “Tive que vender coisa na rua, porque era a única
forma de arrumar dinheiro. Melhor do que fazer coisa errada. É um dinheiro
honesto”, pondera.
Garção, ainda nervoso com a situação, não voltou a trabalhar. Ele conta
que sequer consegue pegar as mercadorias. “Me disseram que tem que pagar para
pegar, mas como vou pagar se eu estava juntando moeda e eles nem anotaram o meu
nome? Para mim, apreensão é quando a Agefis vem, pergunta seu nome, diz que
está fazendo uma operação e fala onde você pode recolher depois”, acredita. “Eu
estava juntando as moedas para pagar conta de água e de luz. Se eu tivesse com
meu dinheirinho, não tinha conta atrasada. O dinheiro ficou para eles”,
conclui.
que sequer consegue pegar as mercadorias. “Me disseram que tem que pagar para
pegar, mas como vou pagar se eu estava juntando moeda e eles nem anotaram o meu
nome? Para mim, apreensão é quando a Agefis vem, pergunta seu nome, diz que
está fazendo uma operação e fala onde você pode recolher depois”, acredita. “Eu
estava juntando as moedas para pagar conta de água e de luz. Se eu tivesse com
meu dinheirinho, não tinha conta atrasada. O dinheiro ficou para eles”,
conclui.
Ajuda veio de bombeiro
Um bombeiro aposentado, que não quis se identificar, presenciou o momento
em que o carro fechou o ambulante. “Ele estava no canto da pista, perto do
meio-fio. A van veio por trás e jogou ele. Acabou com a bicicleta. Aí os
agentes abriram a porta e pegaram toda a mercadoria que estava no chão. Saíram
sem prestar socorro”, critica.
em que o carro fechou o ambulante. “Ele estava no canto da pista, perto do
meio-fio. A van veio por trás e jogou ele. Acabou com a bicicleta. Aí os
agentes abriram a porta e pegaram toda a mercadoria que estava no chão. Saíram
sem prestar socorro”, critica.
Ao ver a situação, o homem foi socorrer Garção. “Ele estava muito nervoso.
Ajudei a levantar, dei água, e levei até a delegacia para registrar boletim de
ocorrência”, afirma. O bombeiro alega que o machucado não foi muito grave. “Foi
mais interno, não sangrou nem nada. Mas a pancada foi muito forte”, aponta.
Ajudei a levantar, dei água, e levei até a delegacia para registrar boletim de
ocorrência”, afirma. O bombeiro alega que o machucado não foi muito grave. “Foi
mais interno, não sangrou nem nada. Mas a pancada foi muito forte”, aponta.
Para ele, os servidores da Agefis se aproveitaram da situação. “Foi abuso
de poder, porque Edson não estava nem vendendo as mercadorias. Eram três
agentes e o motorista. Quando a Agefis faz essa operação, a Polícia Militar
tinha que estar junto acompanhando. Então foi negligência, uma imprudência dos
agentes”, alega.
de poder, porque Edson não estava nem vendendo as mercadorias. Eram três
agentes e o motorista. Quando a Agefis faz essa operação, a Polícia Militar
tinha que estar junto acompanhando. Então foi negligência, uma imprudência dos
agentes”, alega.
Para tentar aliviar a situação, o bombeiro garante que vai tentar juntar
dinheiro para comprar uma bicicleta para Edson. “Vou conversar com amigos e os
vizinhos. Assim, ele vai poder trabalhar e ter o dinheiro dele novamente”,
conclui.
dinheiro para comprar uma bicicleta para Edson. “Vou conversar com amigos e os
vizinhos. Assim, ele vai poder trabalhar e ter o dinheiro dele novamente”,
conclui.
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