Uma epidemia de dengue está batendo nas portas da capital da República. Os casos cresceram quase 500% em apenas dois anos. Mas mesmo assim, o número de agentes de combate ao mosquito transmissor da doença foi reduzido em igual período em quase 30%.
Nunca a situação esteve tão delicada. A piora no quadro é creditada ao secretário de Saúde Rafael Barbosa, que pouco ou nada fez (nem faz) para eliminar o Aedes aegypti de Brasília e adjacências.
Insatisfeito com a falta de providências de Rafael Barbosa, o governador Agnelo Queiroz decidiu tomar para si as rédeas da saúde. Tanto que determinou a promoção imediata de uma campanha para alertar a população para os riscos da dengue.
Segundo nota distribuída pelo Palácio do Buriti, o governo está iniciando uma série de ações preventivas. Mas, como a Secretaria de Saúde não dispõe de número suficiente de profissionais, serão usados agentes mirins. A esse grupo serão distribuídos 100 mil kits educativos. O público alvo é de crianças na faixa etária dos 8 aos 11 anos.
Em linhas gerais, de acordo com o governador, a campanha quer evitar que as pessoas adoeçam. “Precisamos conscientizar a sociedade que essa luta é um dever de todos”, disse Agnelo Queiroz. O tom faz lembrar o chefe que quer tirar o fardo da incapacidade das costas de um subordinado incapaz, atribuindo à sociedade uma obrigação do Estado.
Agnelo também mostrou seu lado médico, embora esteja afastado de hospitais há muito tempo. “Esta é uma campanha de valorização da vida. Não podemos permitir óbitos de uma patologia que pode ser evitada”, enfatizou. Esqueceu de frisar que para isso, é preciso trabalho.
Para se ter uma noção da gravidade do quadro, basta lembrar que há dois anos tinham sido registrados 1 mil 500 casos de dengue no Distrito Federal. Já em 2013 (até setembro) foram 8 mil 500 ocorrências.
Apesar desses números cada vez mais crescentes, a subsecretária de Vigilância à Saúde, Marília Coelho Cunha, nega que haja uma epidemia da doença. Ela admite, porém, que o atual estágio é considerado surto.
A cada dia, 33 pessoas são contaminadas no Distrito Federal. Este ano, dos 8 mil 500 enfermos, nove morreram. Em relação a 2012, as contaminações cresceram 1 mil 200 por cento. O governador é médico. Mas pelo visto, com a campanha que está nas ruas, a saúde do povo ficou mesmo nas mãos de crianças.
Informou Notibrás
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