Muito já se disse sobre o professor. Da luta diária, da necessidade de automotivação para encarar os desafios da profissão, da satisfação de ensinar, da missão e até dos problemas do sistema de ensino. Nesta véspera do dia 15 de outubro, quero falar sobre a corajosa decisão de ser professor. Sim, corajosa. Dia desses, um aluno contou-me que estava decidido: seria professor. Os pais o repreenderam. Dentre tantas profissões, o magistério perdeu o brilho.
Mas essa escolha já foi motivo de orgulho, houve um dia em que ser professor significava respeito e prestígio. Houve um dia em que o professor andava pelas ruas exibindo seu jaleco sujo de giz. Houve um dia em que a mesa do professor era repleta de pequenas lembranças oferecidas pelos alunos.
Hoje, o professor anda cabisbaixo, questionando-se sobre a profissão que escolheu. Ora, professor, orgulhe-se! Ensinar no presente é um desafio, mas as dificuldades (e são muitas) não podem ofuscar por completo o poder renovador da educação. Ensinar não é apenas garantir conhecimento. Não é só matemática, história, português. É deixar um pouco de si no outro. É plantar uma semente no mundo. É levar um pouco de esperança.
Ser professor é mais que colocar a matéria no quadro. É marcar a vida de alguém para sempre. É deixar um legado, o mais nobre de todos. É oferecer condições para que uma pessoa mude sua própria história. Ou apresentar um livro que vai simplesmente fazer a diferença. É dar, muitas vezes, uma palavra de incentivo.
Tem muito mais deles em nós do que pensamos, acredite. Há um poder incrível nas salas de aula, uma revolução que acontece no dia a dia. A revolução de gente que se dedica para que milhares de crianças e jovens possam sonhar com um futuro melhor. Quem dera as medalhas fossem oferecidas a eles, quem dera as condecorações fossem colocadas na lapela do jaleco reconhecendo o heroísmo dessa escolha de ser professor.
Israel Batista
Deputado distrital, cientista político e professor de História
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ONS E OFFS, por Lívio di Araújo.