
A saída de grandes nomes do Democratas (DEM) deixou o presidente regional do partido, Alberto Fraga, sozinho para a disputa das eleições de 2014. Políticos de peso, como os pré-candidatos ao Buriti Eliana Pedrosa (PPS) e o ex-governador José Roberto Arruda (PR), os distritais Raad Massouh (PPL) e o suplente Paulo Roriz (PP) e, por último, o ex-vice-governador Paulo Octávio (PP), que de imediato se aliou ao governo de Agnelo Queiroz, deixaram lacunas que não foram preenchidas com o fim do período de filiações, que se encerrou no início de outubro.
A corrida do ex-deputado federal Alberto Fraga, agora, é para formar alianças concretas, mesmo que eles tenham que ser feitas com antigos aliados.
Para governador
“Tenho a pretensão de ser o candidato a governador do grupo de centro-direita, mas eu só serei o candidato se o grupo achar que o meu nome é o melhor”, declara Fraga. Ele admite, porém, apoiar outro nome, caso seja consenso entre os políticos anti-PT.
Para isso, condiciona: “O que eu não aceito é que esse nome seja de alguém com votação menor do que a que tive na eleição passada. Caso meu nome seja posto de lado, descartando meus 500 mil votos eu sairei por minha conta”.
Mesmo não estando ao lado de seus ex-companheiros, Fraga afirma que no final, contra os planos de reeleição de Agnelo, a oposição deverá estar unida. “Acredito que no final todos estaremos juntos, mas lamento que eles não tiveram coragem para permanecerem no partido que eles mesmo mancharam o nome”, critica.
Questão empresarial
O presidente regional do DEM critica a postura de dissidentes do partido, que acabaram se desfiliando por interesses políticos e financeiros. “Eu sempre critiquei a figura do empresário político. O Paulo Octávio deveria se envergonhar, pois ele manchou o nome do partido e agora terá que se explicar por conta da mudança de lado”, critica Fraga. Ele lembra que pediu à Executiva Nacional que mantivesse o político no diretório local.
A assessoria de Paulo Octávio informou que ele não fala sobre política no momento e está focado em seus negócios.
Fraga também criticou outros dois antigos aliados, que sairam do DEM por cargos no governo. “O Raad queria ficar no DEM e participar do governo, então o chamei e disse: ‘ou você sai ou te expulso’. Mas antes de sair, recomendei, peça uma vaga em uma secretaria, para deixar o mandato para o Paulinho Roriz e para o partido”. Foi o que aconteceu.
Com a vaga de distrital nas mãos de Paulo Roriz veio a surpresa:, uma semana depois de assumir, o parlamentar pediu para sair da legenda, indo para o PEN. A trama não deu certo. “Ele pediu para voltar e eu imediatamente lhe disse que aqui, não”, conta Fraga.
De Roriz a Arruda
1 Alberto Fraga acredita que os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda disputarão as eleições do ano que vem. Caso isso não ocorra, o presidente do DEM espera que Arruda possa indicá-lo como seu sucessor nas urnas.
2 O presidente regional lamenta não ter sido candidato ao governo nas eleições de 2010. Segundo ele, o pedido foi feito por Adelmir Santana e Paulinho Roriz, que queriam uma aliança com Joaquim Roriz, mas voltaram sem resposta.
3 Ele acredita que, se houvesse disputado, os votos que eram de Roriz seriam transferidos para ele e não para Weslian Roriz, que foi para o segundo turno com Agnelo Queiroz: “Se eu tivesse saído, hoje eu era o governador”, lamenta.
Tentou e não conseguiu
O período de novas filiações, que se encerrou no dia 5 de outubro, não trouxe nomes de peso para o DEM e agora Alberto Fraga se vê encarregado de formar alianças fortes para que seja possível o projeto de governo da direita local. “Eu trouxe para o partido o ex-governador Joaquim Roriz (PRTB), mas o partido recusou o nome dele”, lembra Fraga, que pensou em desistir da candidatura caso Roriz se filiasse.
A possibilidade da volta de Arruda também foi pensada, mas logo deixada de lado: “Até pensei em tentar trazer o Arruda, com quem tenho relação pessoal e não política, mas evitei receber um não”, disse.
Fraga diz ainda que tem se encontrado frequentemente com a distrital Eliana Pedrosa, a quem creditou uma postura digna em sua saída. “Ela foi a única que saiu por uma razão consistente e me justificou: “Fraga, nós dois temos a mesmas pretensões, que é disputar um cargo majoritário”. Eu entendi e por isso não pedi o mandato dela, que foi muito séria”.
Uma limpeza
O ex-federal lamenta que as ações de “limpeza do DEM” não tenham surtido efeito e que poucas pessoas procurassem o partido para filiar — e nenhuma de renome.
Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br
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