A parceria entre escola e pais mexeu completamente com o Centro Educacional 7 de Ceilândia, antes refém das drogas e do vandalismo dos estudantes. Estratégia semelhante mudou o Centro de Ensino Fundamental 3 em Planaltina
Aos poucos, as janelas com chapas de ferro voltaram a ser de vidro. Nos muros, a camada de tinta branca com detalhes verdes se mantém sem pichações. No lugar do tráfico, a prática esportiva. Os alunos, antes sinônimos de problemas, agora, são líderes de boas iniciativas. O que parecia impossível se tornou realidade no Centro Educacional 7, em Ceilândia.
Lá, diretores, estudantes e pais escrevem juntos uma nova história, pautada no respeito, na confiança, na autoestima e no sonho de transformação. Nas edições de hoje e de amanhã, a série “O bê-á-bá da violência” revela histórias em Ceilândia, em Samambaia, em Planaltina e no Paranoá, de vencedores da guerra contra a violência.
Localizado em uma área de risco, o Centro Educacional 7 de Ceilândia é um oásis para a comunidade escolar. Mas, em 2008, quando Firmino Neto assumiu a direção, encontrou uma realidade assustadora. Naquele ano, o Batalhão Escolar apreendeu 20 tabletes de maconha, 30 comprimidos de roupinol e cocaína dentro da escola. Por ano, 180 janelas e 700 cadeiras eram destruídas por atos de vandalismo. “Decidimos abrir a escola, sair do casulo. Por estar inserida em um espaço onde o tráfico é muito forte, havia influência do ambiente externo e nenhuma reação”, disse Firmino.
O primeiro passo foi fazer um diagnóstico do problema. A equipe pedagógica montou uma sala de apoio ao educando. Um professor readaptado organizou todas as ocorrências. No início, 50 estudantes indisciplinados lotavam a sala para atendimento. “Separamos quem tinha problemas graves de comportamento. Chamamos a família. Diagnosticamos transtornos, doenças e problemas familiares”, contou o diretor. O esporte, a música e uma rádio, entraram no currículo escolar. A educação integral foi uma aliada. “Conseguimos colocar 150 alunos para estudar o dia inteiro. Filhos de pais com ficha criminal, crianças que tinham tudo para dar errado, começaram a mostrar resultados surpreendentes”, constata o diretor.
Por Correio Braziliense
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