Após mudança na chefia do Corpo de Bombeiros, governo anuncia troca na Polícia Militar. O combate à violência com um maior número de policiais nas ruas é o principal desafio da gestão, que será iniciada oficialmente hoje
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Para aumentar a sensação de segurança dos brasilienses a ordem é destacar mais homens no policiamento ostensivo em todo o Distrito Federal |
Ricardo Taffner O novo chefe da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Sebastião Davi Gouveia, toma posse hoje com a missão de colocar o efetivo nas ruas da cidade. Um dos mais antigos da corporação e com experiência na área operacional, o oficial chega ao topo máximo da instituição, aos 53 anos e 30 de profissão, com o objetivo de mostrar números significativos no combate à violência e, principalmente, para passar sensação de segurança à população brasiliense. Ele assume o cargo no lugar do coronel Paulo Roberto Witt Rosback. A cerimônia está marcada para ocorrer, às 10h, no Salão Nobre do Comando Geral da PM-DF.
A nomeação do comandante foi publicada ontem no Diário Oficial do DF. O coronel Sebastião Gouveia chefiava o Departamento Operacional da instituição e foi indicado para a nova função pelo vizinho e amigo Patrício (PT). O presidente da Câmara Legislativa articulou a substituição do comando, definida desde o fim do ano passado pelo governador do DF, Agnelo Queiroz (PT). Essa foi a segunda troca deste ano na cúpula da segurança pública. Na quinta-feira passada, o coronel Gilberto Lopes da Silva assumiu o comando do Corpo de Bombeiros em substituição ao coronel Márcio de Souza Matos. A indicação foi também de um distrital, Aylton Gomes (PR).
No entanto, o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, nega interferências políticas nas indicações e afirma ter usado critérios técnicos para as escolhas. “Alguns nomes me foram apresentados, entre eles o do coronel Sebastião Gouveia. Ele comandou unidades importantes no DF e tem a experiência necessária para assumir o comando”, afirma Avelar. Segundo ele, o critério antiguidade também pesou na escolha, assim como o relacionamento do coronel com os colegas. “O fato de ele ter um bom trânsito com a tropa e entre os comandantes foi levado em conta”, disse. Além dos postos máximos, os primeiros e segundos escalões das corporações também serão trocados nos próximos dias por pessoas de confiança da nova chefia.
O secretário explica que as trocas são naturais devido ao desgaste demandando pelo exercício da função. Sandro Avelar diz que o novo comandante chega para dar continuidade ao trabalho iniciado pelo coronel Rosback e afirma não haver qualquer tipo de insatisfação com o ex-titular do cargo. “Não existe isso porque ele fez um trabalho muito importante e esperamos que o coronel Gouveia também possa fazer o mesmo”, diz o secretário. Segundo ele, a missão principal será a de aumentar a visibilidade da PM. “Ele vai dar continuidade a esse trabalho de policiamento ostensivo, colocando os policiais militares qualificados nas ruas.”
Patrício compartilha da opinião de Avelar. “O coronel Rosback foi muito importante para o início de governo, para dar garantia de tratamento humano e democrático e mostrar à corporação que não haveria arrocho. Mas tivemos problemas, como um orçamento não implementado”, afirma o distrital. Segundo o petista — que também tem origem na Polícia Militar e exerce forte influência na instituição e no Palácio do Buriti —, as indicações não podem ser apenas políticas e devem visar a segurança para a Copa do Mundo de 2014. “O primeiro ano foi para testar, agora é resultado. O comandante tem de ir à rua, conversar com a tropa, estabelecer metas e mostrar à sociedade os resultados”, diz Patrício.
Inovação
O coronel Gilberto Lopes da Silva, 47 anos, 28 na corporação, é o primeiro comandante a ter iniciado a carreira como praça, soldado do Corpo de Bombeiros. Ele foi empossado na última sexta-feira. A nomeação foi articulada pelo distrital Aylton Gomes (PR), que, apesar de sempre ter votado com o governo local, chegou a anunciar a saída da base. Gomes também tem origem no Corpo de Bombeiros, principal reduto eleitoral do deputado.
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