Um ambiente moderno e inovador pode ajudar a resolver conflitos que passam anos à espera de uma solução na Justiça. Criado pelas artistas Marina Marinho e Paola Sabino, a nova sala de mediação do Cartório Colorado, que fica no balão do Colorado, entre o Lago Norte-DF e Sobradinho-DF, traz obras de arte como inspiração para solução de conflitos. O ambiente foi todo estilizado, com obras interativas, que levam à reflexão.
Qualquer conflito pode ser resolvido nesse espaço: divórcio, conflitos entre vizinhos, brigas de trânsito, cobranças, aluguel etc. O projeto foi estruturado por Oficiais de mediação, arquitetos, psicólogos e artistas. De acordo com relatório do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), mais de 490 mil pessoas foram atendidas em mediações e conciliações, de 2014 a 2017.
“Uma das formas de lidar com o conflito é se colocar na posição do outro, ver com outros olhos. O espaço é justamente para que a pessoa lide de outra forma com sentimentos, como raiva, tristeza e decepção, que envolvem o conflito”, diz a Oficial de mediação Laís Marques. “No fundo, as pessoas querem ser ouvidas”, completa.
O tema principal do projeto é “perspectivas”, para que as partes do conflito possam amenizar o clima de tensão, antes de entrar na sala de mediação. Uma das obras, por exemplo, traz a Catedral de Brasília em fotos completamente diferentes. É uma forma de tratar o mesmo símbolo em diversos ângulos, para que a parte visualize o próprio conflito de diferentes formas.
“Todos os ambientes foram criados para que a pessoa fique confortável, não se sinta dentro de um cartório, de um ambiente difícil. A ideia é trazer a melhor sensação, com cores que levam a calma, como o azul”, diz Marina Marinho, uma das criadoras do projeto.
O acolhimento dos envolvidos no Consenso Colorado, unidade do Cartório Colorado específica de mediação, pode viabilizar a construção do acordo. “O conflito era visto de forma negativa. A ideia é redefinir a percepção do conflito pelas partes, utilizando o espaço de mediação como principal instrumento dessa mudança, para que as duas partes saiam ganhando”, diz a Oficial de mediação Laís Marques. O Oficial titular do Cartório Colorado, Marcus Porto, acredita que a mediação, para ser mais efetiva, precisa de inovação. “Não se pode fazer mediação sem um ambiente transformador”, afirma.
Conflitos podem ser resolvidos em 1 hora
Além de comodidade, a mediação também traz celeridade na solução dos conflitos. No Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), o tempo médio de tramitação de um processo é de 2 anos e 1 mês, tendo por base a fase de conhecimento e a de execução. Já no caso de mediação, se as partes consentirem, o conflito pode ser resolvido em apenas uma sessão de 1 hora. Em caso de necessidade, pode haver mais sessões.
O valor de cada sessão é R$ 116,95 e pode valer muito a pena se comparado a custas judiciais e pagamento de honorários de advogado, já que o acordo pode ser realizado apenas pelas partes, sem necessidade de contratação de escritório de advocacia. No entanto, se o cliente desejar, também pode levar um defensor.
Em 2016, o Cartório Colorado celebrou o primeiro caso de mediação envolvendo um cartório do Distrito Federal. Em apenas duas sessões, um conflito envolvendo a rescisão de um contrato entre uma cooperativa e um cooperado foi resolvido e ambas as partes saíram satisfeitas. O advogado Cleuber José de Barros, que atuou no caso, comemorou. “Solucionamos com rapidez um processo que poderia levar anos e ainda desafogamos o Judiciário. As partes se deram por resolvidas e seguiram a vida”, afirma.
Quanto aos profissionais, os Oficiais mediadores são pessoas certificadas segundo padrões do TJDFT e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), capacitadas a desenvolver técnicas para a resolução de conflitos por meio da mediação e conciliação.
Contatos:
Luciana Marques, assessora de imprensa: (61) 98495-0965
Laís Marques, Oficial mediadora: (61) 99272-3589
Paola Sabino (Projeto e Arte): (61) 98161-4391
Marina Marinho (Projeto): (61) 99994-5446
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