Para Onofre, polícia é do Estado e não do poder transitório
Por inteligência, o delegado Onofre – 35 anos de ativa, e que só assumiu o posto em conflagração aberta entre os grupos da Policia Civil ante a carta branca dada pelo governador Agnelo Queiroz – passou a engendrar um plano para tornar mais eficiente o policiamento de uma capital que abriga hoje mais de 100 embaixadas, bancos e organismos internacionais, como terceira capital do mundo de maior presença do Corpo Diplomático.
Qualquer polícia do mundo sabe efetuar prisões, quando há a ocorrência e se chama a unidade policial mais próxima do evento. Mas poucas polícias sabem usar a inteligência como fez a Prefeitura de Nova Iorque quando lançou o plano “Tolerância Zero”, que reduziu drasticamente os níveis locais de criminalidade.
Não se trata somente de empregar a tecnologia, a eletrônica e o computador. O delegado Onofre quer adicionar aqui a sua experiência de 35 anos enfrentando a bandidagem como delegado da Policia Civil de carreira para otimizar a vantagem que o Distrito Federal concede: sua geografia perfeitamente blindável.
Trata-se de um quadrilátero perfeito com apenas quatro saídas: duas no Sul (para Belo Horizonte e Goiânia), Norte (para Fortaleza e Salvador) e a mineira (para Unaí).
O delegado Onofre de Moraes incorpora outra filosofia de trabalho que não a vigente no DF, para projetar um novo tempo da segurança na capital: sua policia não mais será política.
Será uma instituição de Estado, não nas mãos do poder da hora. Com essa concepção, o governador passa a ser dono do cargo do chefe da Policia Civil mas não é dono da polícia que ele comanda.
Essa – a politização da Polícia Civil – foi a grande distorção que levou ao esgarçamento da autoridade policial no Distrito Federal nas duas últimas décadas.
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