[Jornal de Brasília] Nota
técnica do Ministério da Saúde escancara o sucateamento do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência, popularmente chamado de Samu, no Distrito
Federal. Conforme o diagnóstico, o atendimento de emergência para a população
pede socorro por falta de pessoal, ausência das condições recomendadas para a
limpeza das ambulâncias, além de problemas nas condições de trabalho dos
servidores públicos e na manutenção dos veículos. Segundo o levantamento, o
Samu brasiliense amarga resultados de eficiência abaixo dos parâmetros
necessários para salvar vidas.
técnica do Ministério da Saúde escancara o sucateamento do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência, popularmente chamado de Samu, no Distrito
Federal. Conforme o diagnóstico, o atendimento de emergência para a população
pede socorro por falta de pessoal, ausência das condições recomendadas para a
limpeza das ambulâncias, além de problemas nas condições de trabalho dos
servidores públicos e na manutenção dos veículos. Segundo o levantamento, o
Samu brasiliense amarga resultados de eficiência abaixo dos parâmetros
necessários para salvar vidas.
A Nota Técnica nº 55 tem como
objetivo apurar se a Secretaria de Saúde fez as adequações necessárias nas
bases de operação do Samu para receber repasses da União, justamente para a
manutenção do serviço. Em 2017, os problemas estruturais colocaram na corda
bamba, aproximadamente, R$ 880 mil. No entanto, os esforços do governo
Rollemberg foram suficientes para dar chances de recuperação de R$ 385.875.
Portanto em função da falta de investimento, o DF está prestes a perder R$
491.125.
objetivo apurar se a Secretaria de Saúde fez as adequações necessárias nas
bases de operação do Samu para receber repasses da União, justamente para a
manutenção do serviço. Em 2017, os problemas estruturais colocaram na corda
bamba, aproximadamente, R$ 880 mil. No entanto, os esforços do governo
Rollemberg foram suficientes para dar chances de recuperação de R$ 385.875.
Portanto em função da falta de investimento, o DF está prestes a perder R$
491.125.
O prejuízo é ainda maior.
Pois, o ministério pode aumentar a verba em 63% para estados e municípios com
qualificação exemplar do serviço. A nota identifica desfalques por falta de
pessoal nas bases de Sobradinho, Gama, Recanto das Emas, Estrutural e
Ceilândia. Conforme o documento, as viaturas básicas devem atender 80% do total
das chamadas recebidas pela Central de Regulação de Urgências. Contudo, entre
janeiro e maio deste ano, o atendimento só chegou a 75%. No caso das
ambulâncias avançadas, a linha de corte é de 20% dos casos, mas no DFatenderam
somente 12% nos primeiros cinco meses de 2017. “Não foi apresentado pelo gestor
justificativa quanto ao resultado
Pois, o ministério pode aumentar a verba em 63% para estados e municípios com
qualificação exemplar do serviço. A nota identifica desfalques por falta de
pessoal nas bases de Sobradinho, Gama, Recanto das Emas, Estrutural e
Ceilândia. Conforme o documento, as viaturas básicas devem atender 80% do total
das chamadas recebidas pela Central de Regulação de Urgências. Contudo, entre
janeiro e maio deste ano, o atendimento só chegou a 75%. No caso das
ambulâncias avançadas, a linha de corte é de 20% dos casos, mas no DFatenderam
somente 12% nos primeiros cinco meses de 2017. “Não foi apresentado pelo gestor
justificativa quanto ao resultado
identificado”, diz o documento.
Com exceção da base
descentralizada do Hospital Regional de Brazlândia, o levantamento descobriu
que todas as demais não possuem local de limpeza de ambulância adequado com as
normas vigentes de saúde. O pente fino também identifica ausência de registro
das unidades móveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES),
ferramenta do ministério para controle de qualidade do serviço.
descentralizada do Hospital Regional de Brazlândia, o levantamento descobriu
que todas as demais não possuem local de limpeza de ambulância adequado com as
normas vigentes de saúde. O pente fino também identifica ausência de registro
das unidades móveis no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES),
ferramenta do ministério para controle de qualidade do serviço.
Para o Conselho de Saúde do
DF, o descaso do governo abre brechas para mortes evitáveis e sequelas nas
vidas dos pacientes, em função da demora no atendimento. Cada ambulância básica
deveria rodar com dois técnicos em enfermagem e um condutor. “No DF, elas estão
operando com apenas um técnico. E se não tem pessoal, a viatura não roda”,
acusa o presidente conselho, Helvécio Ferreira.
DF, o descaso do governo abre brechas para mortes evitáveis e sequelas nas
vidas dos pacientes, em função da demora no atendimento. Cada ambulância básica
deveria rodar com dois técnicos em enfermagem e um condutor. “No DF, elas estão
operando com apenas um técnico. E se não tem pessoal, a viatura não roda”,
acusa o presidente conselho, Helvécio Ferreira.
Técnicos
são remanejados
são remanejados
O Samu também sofre com a
transferência dos quadros para outras áreas da rede pública. Segundo o Conselho
de Saúde do DF, a secretaria de Saúde remaneja especialistas no salvamento de
vidas nas ruas, residências e espaços públicos para atividades administrativas
no Complexo Regulador. Além disso, desloca os profissionais para mascarar as
falhas nas emergências dos hospitais públicos.
transferência dos quadros para outras áreas da rede pública. Segundo o Conselho
de Saúde do DF, a secretaria de Saúde remaneja especialistas no salvamento de
vidas nas ruas, residências e espaços públicos para atividades administrativas
no Complexo Regulador. Além disso, desloca os profissionais para mascarar as
falhas nas emergências dos hospitais públicos.
O Complexo Regulador trata de
transferências de pacientes, controle de Unidades de Tratamento Intensivo
(UTIs) e regulação de exames laboratoriais e de imagens. O conselho produziu a
Resolução Número 488, de 11 de julho de 2017, com o objetivo de fortalecer o
Samu. “Mas a secretaria está manipulando a resolução para enfraquecê-lo. Está
transferindo à força o pessoal”, dispara Helvécio Ferreira.
transferências de pacientes, controle de Unidades de Tratamento Intensivo
(UTIs) e regulação de exames laboratoriais e de imagens. O conselho produziu a
Resolução Número 488, de 11 de julho de 2017, com o objetivo de fortalecer o
Samu. “Mas a secretaria está manipulando a resolução para enfraquecê-lo. Está
transferindo à força o pessoal”, dispara Helvécio Ferreira.
Nas palavras de Ferreira,
exemplos desta transferência forçada são vistos na emergência do Hospital de
Base de Brasília, nas áreas de neurocárdio e trauma. Hoje, o conselho pretende
fazer uma reunião com os conselhos regionais de saúde para tratar do caso.
Servidores também pretendem debater a crise. A agonia do Samu se agrava desde
2014, quando o Tribunal de Contas do DF (TCDF) identificou os primeiros sinais
da falência.
exemplos desta transferência forçada são vistos na emergência do Hospital de
Base de Brasília, nas áreas de neurocárdio e trauma. Hoje, o conselho pretende
fazer uma reunião com os conselhos regionais de saúde para tratar do caso.
Servidores também pretendem debater a crise. A agonia do Samu se agrava desde
2014, quando o Tribunal de Contas do DF (TCDF) identificou os primeiros sinais
da falência.
“Se falta higiene nas
viaturas, o que mais falta? As ambulâncias deveriam ter o mesmo tratamento das
UTIs”, desabafa o dirigente. Além da falta de equipamentos, Ferreira argumenta
que a manutenção das ambulâncias se arrasta por dois meses ou mais, quando
deveria ser realizada em dias. Certos veículos são antigos, tendo problemas de
freio e nas marchas.
viaturas, o que mais falta? As ambulâncias deveriam ter o mesmo tratamento das
UTIs”, desabafa o dirigente. Além da falta de equipamentos, Ferreira argumenta
que a manutenção das ambulâncias se arrasta por dois meses ou mais, quando
deveria ser realizada em dias. Certos veículos são antigos, tendo problemas de
freio e nas marchas.
VERSÃO OFICIAL
A secretaria de Saúde
argumenta que o Samu nunca foi qualificado pelo Ministério da Saúde, tendo os
repasses suspensos em 2016. “A SES/DF vem concentrando esforços para a
readequação do serviço e retorno dos repasses financeiros”, justifica, em nota.
O GDF alega que mobiliza esforços para conseguir avanços, como o seguro das
ambulâncias, a reforma de 13 bases descentralizadas e contrato de manutenção
das viaturas. Sobre a polêmica do pessoal, a pasta afirma que a estrutura
organizacional do serviço deixou de ser uma gerência para ser uma diretoria.
Neste modelo, os servidores passarão a trabalhar também no Complexo Regulador,
para a melhoria da integração da rede. “Acreditamos que será um ganho para a
população”, finaliza a pasta.
argumenta que o Samu nunca foi qualificado pelo Ministério da Saúde, tendo os
repasses suspensos em 2016. “A SES/DF vem concentrando esforços para a
readequação do serviço e retorno dos repasses financeiros”, justifica, em nota.
O GDF alega que mobiliza esforços para conseguir avanços, como o seguro das
ambulâncias, a reforma de 13 bases descentralizadas e contrato de manutenção
das viaturas. Sobre a polêmica do pessoal, a pasta afirma que a estrutura
organizacional do serviço deixou de ser uma gerência para ser uma diretoria.
Neste modelo, os servidores passarão a trabalhar também no Complexo Regulador,
para a melhoria da integração da rede. “Acreditamos que será um ganho para a
população”, finaliza a pasta.
Fonte: Francisco Dutra/Jornal de Brasília
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