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Surpresa na disputa interna pelo Senado

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Na leitura que o público interno do PT faz das eleições para a executiva, o distrital Chico Leite (foto) mostrou crescimento. Seu grupo, o Coletivo, recebeu sozinho 10% dos votos e duas vagas na direção. A elas deve se somar mais uma cadeira, a ser preenchida pela coalizão entre Risomar Carvalho, administrador de Samambaia, e Erivaldo Pereira, administrador de Santa Maria. Esse resultado pode ter peso em eventual disputa interna pelo Senado. Chico Leite e o secretário Geraldo Magela concorrem à vaga. Magela manteve as duas vagas que tem na executiva em final de mandato.

Risco de morrer na praia

A disputa interna no PT poderá, entretanto, revelar-se inócua. Se houver mesmo uma prévia ou algo assim, o vencedor corre o risco de morrer na praia. Até o buriti da praça onde fica a sede do governo sabe que a preferência por lá é de uma coalizão em que o Senado ficará para um aliado. Muito possivelmente para o deputado federal José Antônio Reguffe, o que teria a vantagem de desidratar a candidatura de Rodrigo Rollemberg. Também o atual senador Gim Argello se cacifa, com o trunfo de ter carreado um recorde de recursos da União para o Distrito Federal.

Trocadilho não funcionou

Na outra ponte da eleição petista, um grupo lançou chapa com o nome gaiato de PT Glóbulus Vermelho. Obteve exatos oito votos.

Só um votinho

Embora apoiado pelas correntes do conselheiro Paulo Tadeu e da distrital Arlete Sampaio, o deputado Paulo Teixeira, candidato oposicionista a presidente nacional do PT, teve apenas 1.010 votos, ligeiramente acima de um quarto dos obtidos pelo ganhador Rui Falcão. A votação de Teixeira só foi significativa em Sobradinho, por obra e graça de Paulo Tadeu, e no Plano Piloto, onde a votação se dividiu. Teve ainda apoio em Planaltina, aparentemente também por conta de Paulo Tadeu. Nas demais áreas do Distrito Federal foi muito mal. Na Candangolândia, por exemplo, recebeu apenas um votinho.

Por Eduardo Brito / Jornal de Brasília